domingo, 29 de novembro de 2009

Estava pensando no passado e no futuro e em toda a evolução tecnológica que aconteceu nesses últimos tempos e sobre a reação das pessoas para se adaptarem as novidades. Quantas nós não presenciamos em nosso cotidiano? Com esse pensamento, ano passado, fui ministrar uma aula com um notebook para minha turma de alfabetização de idosos. Previamente, os alunos me haviam informado que não tinham contato com computador. Então, levei o computador achando q eles teriam muitas dificuldades em operar a máquina, a primeira coisa que fiz foi mostrar o teclado com as letras e mostrei também a tecla backspace. E assim, deixei a disposição para digitarem o nome e as palavras que conheciam. Eles ficaram maravilhados ao escrever no teclado e falaram que é muito mais fácil já que a mão doía ao escrever com o lápis e a borracha pode rasgar o papel, muito mais fácil o toque sutil das teclas para escrever e apagar. Eu fiquei com cara de boba e de professora me tornei expectadora das descobertas de meus alunos. Será que no futuro não será mais necessário desenvolver a coordenação motora dos alunos para manusear um lápis, será que irão aprender a digitar?

A partir daí, comecei a pensar nas inovações que acompanhei e não tenho tantos anos de vida assim. A primeira inovação que me vem à mente, na minha adolescência, foi o telefone público vocês lembram que eles funcionavam somente quando colocávamos fichas dentro deles? Pois é, depois veio o cartão, eu achei que isso não ia dar certo.

Nessa onda dos cartões, apareceram os de créditos, fiquei impressionada que não ia precisar mais dos carnês e de dinheiro vivo pra comprar algo.

E o cartão do ônibus, surgiu na época um boato que não ia mais ter o cobrador, eu imaginava o tanto deles que iriam ficar desempregados (é um medo que surge até hoje por parte deles) e ao mesmo tempo dava um medo de não conseguir usar corretamente o cartão, que iria me ajudar?

E o cartão para colocar crédito no celular? Um dia na rua vi uma mulher tentando achar um buraquinho em seu celular para enfiar aquele cartão (bom raciocínio, já que ela havia se acostumado com o cartão do telefone público). Mas, com muita tranqüilidade, expliquei a moça que o procedimento é outro. E atualmente, a coisa está ficando mais moderna, não precisamos mais do cartão, é só ir um estabelecimento que tenha o aparelho, por exemplo, e a coisa é feita por transmissão de dados. E falando nisso, o aparelhos estão cada vez mais modernos.



E o cartão do banco juntamente com o caixa eletrônico? É a partir daí que começamos a aprender sobre o auto-atendimento, a pessoa que utiliza tem que estar alfabetizada digitalmente, porque tudo tem tempo de “clique” na tela para que a operação seja rápida. Ainda bem que até hoje temos aquelas moças para ajudar.

Vou finalizar com um fato que me aconteceu que fiquei realmente assustada. Algumas semanas atrás uma menina de cinco anos virou pra mim e disse com uma expressão de total surpresa: “É verdade, que antigamente existia máquina de tirar retrato que não dava pra ver a foto na hora e que tinha que mandar revelar num rolinho?” Gente, eu ainda tenho uma máquina dessas em perfeito estado, não dá pra se sentir velha com uma pergunta dessas?

domingo, 22 de novembro de 2009

Ead na minha vida!

Como todos devem saber, sou formada pela UFMG que, como todos também devem saber se localiza na Pampulha . Agora, alguém sabe onde fica o Barreiro (é onde moro.)? Isso, poucas pessoas devem saber, até mesmo os que moram em BH. Pois bem, o Barreiro é bem longe da Pampulha. Dessa maneira, durante os quatro anos e meio estudados na UFMG eu fui de ônibus (é no plural mesmo, porque são três, não há ônibus que ligue essas duas regiões), e a duração do percurso é de 2 horas, ou seja, quatro horas do meu dia no ônibus. Confesso que deu para ler muitas coisas nesse trajeto e ouvir várias músicas e uma que fez parte da minha trilha sonora foi No Balanço do Balaio se bem q no meu caso, se morasse nos bairros citados, eu ainda teria que pegar ônibus.
Além do trajeto, tem a questão financeira, pagar passagem para quatro ônibus (há integração entre dois) não fica muito barato, além de ter gastos com roupas e alimentação. Portanto, já deu para perceber o que temos que enfrentar numa aula de sistema presencial (coloco no plural, porque têm muitas pessoas na mesma situação).

Até que nesse ano surge a oportunidade de cursar a pós Ensino de Línguas Mediado por Computador on line . O que mudou na minha vida? Praticamente tudo. Primeiramente, não preciso mais ir no balanço do balaio, basta eu ir no meu computador em minha casa e acessar a net, dá pra imaginar o quanto de dinheiro, de tempo e de desgaste físico e emocional não estou economizando? E as roupas, vocês já imaginaram como é o traje de cada um estuda em frente seu computador ? Eu ainda não cheguei a esse ponto, mas podemos ficar mais confortáveis, claro que com a web cam ligada tudo muda.

Até agora falei de soluções práticas, mas o mais significativo pra mim foi o que aconteceu depois que me conectei a plataforma do Teleduc (de pijama ou não). Com o decorrer dos dias, me conectei a pessoas do Brasil inteiro, fiz trabalhos em grupo virtualmente com colegas virtuais, e algumas delas sinto-me tão próxima como se estivessem perto de mim fisicamente. Outro fato importante, foi aprender a administrar meu tempo, meus horários e nessa questão foi importante minha dedicação e disciplina. Já que as datas de entrega dos trabalhos são firmadas, mas a forma de elaborá-los cabe somente a mim. Tenho a impressão que esse será o primeiro de muitos cursos on line que irei estudar.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Janelas


Pessoal, esse texto faz parte de uma atividade da disciplina Tecnologias, Cultura e Socialização ministrada pelo professor Ricardo Augusto de Souza. Na qual irei analisar um site a partir das considerações de Johnson (2001) em seu capítulo intitulado Janelas no qual é discutida a interface das janelas no computador. O autor faz uma interessante abordagem mostrando, primeiramente, a mudança da interação do usuário diante do computador. Já que no surgimento do mesmo o usuário teria que enviar comandos em uma tela preta para realizar tarefas, e no modelo atual de interação a interface é mais “amigável” feita por meio de janelas e com utilização dos frames agregando imagens, cores e movimento.

Juntamente com o desenvolvimento dessa janela virtual, considerada mais dinâmica e interativa, surgiram algumas questões em relação ao seu uso. Uma delas é controle dos direitos autorais, e não há um limite ainda para saber o que pode ser considerado apenas divulgação ou roubo dos direitos. Outra questão é a impossibilidade de manter um quadro fixo na janela, essa necessidade surgiu com as propagandas publicitárias, na qual os donos do produto queriam sua logomarca o tempo todo visível na tela.

Diante desse problema, como Johnson explica, os quadros foram transportados para o idioma HTML e assim além dos frames fixos, pode-se criar quadros separados cada um apontando para documentos diferentes. A partir daí, abriu-se um leque de possibilidades tornando a página mais complexa. Dessa forma, profissionais como Designers da Web começaram a pensar novas maneiras de mapear essa complexidade, pensam em como inserir barras de botões, mapas de sites, barra de menu da interface gráfica entre outros.

Essa preocupação da qualidade de navegabilidade nas janelas surgiu um novo campo de estudo na ciência da computação que é a Usabilidade. Estudiosos da área listaram critérios que auxiliam em uma boa navegação. No final desse texto, encontra-se um vídeo explicando e exemplificando de maneira sucinta a Usabilidade.

O site que escolhi para analisar é o Olhar Digital, que está hospedado no provedor UOL. No topo do home tem um banner com publicidade, porém, ele não é fixo, ou seja, some quando a barras laterais são roladas, o que difere da estratégia explicitada por Johnson em seu texto. Porém, além da parte superior, na lateral e no final do site há outros banners de propaganda, dessa forma, a exploração nesse sentido é muito grande. Nota-se também que há uma dinamicidade muito grande, porque como o tema principoal são inovações tecnológicas, sua notícias estão constantemente sendo alteradas, seguindo a rapidez das transformações nesse meio.

A página inicial têm muitas informações e são distribuídas por meio de vários quadros, links e abas que direcionam a outras páginas. Essas outras páginas representam empresas que estão oferecendo um novo produto ou notícias elaboradas para o próprio site. Uma parte que chamou minha atenção foi à existência de várias abas, que funcionam como um menu, elas sempre estão a mostra, não importa o link que seja clicado dentro do site. Eles também têm muitos vídeos, já que tem um programa em um canal de televisão, com mesmo nome, dessa forma, pelo site divulga-se o programa e vice-e-versa. É possível encontrar todos os programas nele.

A partir disso tudo, percebe-se que esse é um site denso, muito complexo e com muitas informações, o qual tem propensão em deixar o usuário um pouco confuso. Dessa forma, é de extrema importância essa discussão levantada pelo Johnson sobre a complexidade das janelas e que organização das mesmas se assemelhem com o pensamento humano, ou seja, espacial.

Vídeo sobre usabilidade (Olhar digital)

terça-feira, 10 de novembro de 2009