Estava pensando no passado e no futuro e em toda a evolução tecnológica que aconteceu nesses últimos tempos e sobre a reação das pessoas para se adaptarem as novidades. Quantas nós não presenciamos em nosso cotidiano? Com esse pensamento, ano passado, fui ministrar uma aula com um notebook para minha turma de alfabetização de idosos. Previame
nte, os alunos me haviam informado que não tinham contato com computador. Então, levei o computador achando q eles teriam muitas dificuldades em operar a máquina, a primeira
coisa que fiz foi mostrar o teclado com as letras e mostrei também a tecla backspace. E assim, deixei a disposição para digitarem o nome e as palavras que conheciam. Eles ficaram maravilhados ao escrever no teclado e falaram que é muito mais fácil já que a mão doía ao escrever com o lápis e a borracha pode rasgar o papel, muito mais fácil o toque sutil das teclas para escrever e apagar. Eu fiquei com cara de boba e de professora me tornei expectadora das descobertas de meus alunos. Será que no futuro não será mais necessário desenvolver a coordenação motora dos alunos para manusear um lápis, será que irão aprender a digitar?
A partir daí, comecei a pensar nas inovações que acompanhei e não tenho tantos anos de vida assim. A primeira inovação que me vem à mente, na minha adolescência, foi o telefone público vocês lembram que eles funcionavam somente quando colocávamos fichas dentro deles? Pois é, depois veio o cartão, eu achei que isso não ia dar certo.
E o cartão para colocar crédito no celular? Um dia na rua vi uma mulher tentando achar um buraquinho em seu celular para enfiar aquele cartão (bom raciocínio, já que ela havia se acostumado com o cartão do telefone público). Mas, com muita tranqüilidade, expliquei a moça que o procedimento é outro. E atualmente, a coisa está ficando mais moderna, não precisamos mais do cartão, é só ir um estabelecimento que tenha o aparelho, por exemplo, e a coisa é feita por transmissão de dados. E falando nisso, o aparelhos estão cada vez mais modernos.
E o cartão do banco juntamente com o caixa eletrônico? É a partir daí que começamos a aprender sobre o auto-atendimento, a pessoa que utiliza tem que estar alfabetizada digitalmente, porque tudo tem tempo de “clique” na tela para que a operação seja rápida. Ainda bem que até hoje temos aquelas moças pa

Vou finalizar com um fato que me aconteceu que fiquei realmente assustada. Algumas semanas atrás uma menina de cinco anos virou pra mim e disse com uma expressão de total surpresa: “É verdade, que antigamente existia máquina de tirar retrato que não dava pra ver a foto na hora e que tinha que mandar revelar num rolinho?” Gente, eu ainda tenho uma máquina dessas em perfeito estado, não dá pra se sentir velha com uma pergunta dessas?